Os Iglus foram desenvolvidos pelos inuítes, indígenas que habitam regiões do Canadá, Groenlândia e Alasca. Feitos com blocos de neve compacta — e não de gelo —, eles aproveitam as propriedades isolantes da neve, que apesar de fria, contém bastante ar entre seus cristais. Esse ar funciona como isolante térmico, mantendo a temperatura interna dos iglus muito mais quente do que a externa, mesmo em regiões onde o frio chega a -40 °C.
Surpreendentemente, dentro de um iglu a temperatura pode chegar a até 15 °C com o calor do corpo e uma pequena lamparina. Além disso, o formato em domo é altamente resistente ao vento e ao peso da neve acumulada, o que garante estabilidade estrutural mesmo em tempestades severas.
Os iglus não são usados como moradia permanente, como muitos pensam. Tradicionalmente, eram construídos como abrigos temporários durante caçadas. Já em regiões mais ao sul do Ártico, os inuítes usavam tendas cobertas de peles. O uso do iglu dependia muito do clima, da região e das necessidades sazonais da comunidade.
Hoje, os iglus também são usados em atividades turísticas e culturais, preservando a herança desse povo e despertando a curiosidade do mundo todo. Alguns hotéis até reproduzem iglus com gelo e iluminação especial, criando experiências únicas.
Os iglus mostram como a sabedoria ancestral pode oferecer soluções práticas, sustentáveis e surpreendentes mesmo nos ambientes mais hostis da Terra.