O RPM (Revoluções por Minuto) foi uma das bandas de rock mais icônicas do Brasil nos anos 1980, marcando uma geração com seu som sofisticado e letras marcantes. Formada em 1983 por Paulo Ricardo (vocal e baixo), Luiz Schiavon (teclados), Fernando Deluqui (guitarra) e Paulo P.A. Pagni (bateria), a banda misturava rock, new wave e elementos eletrônicos, criando uma identidade única no cenário nacional.
O grande sucesso veio em 1985 com o álbum Revoluções por Minuto, impulsionado por hits como "Olhar 43", "Louras Geladas" e "Rádio Pirata". As músicas, com um tom misterioso e sensual, conquistaram o público rapidamente. O RPM se tornou um fenômeno, lotando shows e vendendo milhões de discos.
Em 1986, lançaram o álbum ao vivo Rádio Pirata ao Vivo, produzido por Ney Matogrosso. O disco vendeu mais de 2,5 milhões de cópias, tornando-se um dos mais vendidos da história do rock brasileiro. O show com produção teatral e efeitos visuais inovadores reforçou o status da banda como a maior do país na época.
Apesar do sucesso, conflitos internos levaram ao primeiro fim do RPM em 1989. Paulo Ricardo seguiu carreira solo, e os outros membros também buscaram projetos individuais.
Nos anos 1990 e 2000, a banda teve algumas tentativas de retorno, como em 2002 com o álbum MTV RPM 2002, trazendo novos sucessos como "Vida Real", que virou tema do Big Brother Brasil. Contudo, as idas e vindas continuaram, e o grupo passou por diferentes formações ao longo dos anos.
Infelizmente, em 2019, o baterista Paulo P.A. Pagni faleceu, marcando uma grande perda para a banda. Desde então, o RPM passou por disputas sobre o uso do nome e segue com formações alternativas.
Mesmo com altos e baixos, o RPM continua sendo uma referência no rock brasileiro, lembrado por sua energia, inovação e músicas atemporais.