A Proclamação da República no Brasil ocorreu em 15 de novembro de 1889, marcando o fim do Império e a transição para o regime republicano. O evento foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo o descontentamento com a monarquia, liderada por Dom Pedro II, e a insatisfação de setores militares, intelectuais e da classe política com o sistema imperial. A economia do país também passava por dificuldades, e as elites urbanas viam a monarquia como uma instituição ultrapassada, incapaz de lidar com os desafios do momento.
O movimento republicano foi, em grande parte, organizado por um grupo de militares, com o apoio de alguns civis, como intelectuais e políticos insatisfeitos. Na manhã do dia 15 de novembro, um golpe militar foi liderado por figuras como Marechal Deodoro da Fonseca, que, com o apoio de tropas no Rio de Janeiro, depôs o imperador Dom Pedro II. O próprio imperador foi exilado para a Europa, e o Brasil passou a ser uma república.
A Proclamação da República não foi precedida por uma revolução popular, mas sim por um golpe militar, e a mudança de regime não foi imediatamente seguida por uma constituição republicana. A primeira constituição republicana só seria promulgada em 1891. Inicialmente, a república foi marcada por instabilidade política e social, com conflitos entre as oligarquias estaduais e disputas pelo poder central. Contudo, a Proclamação da República representou um marco na história do Brasil, simbolizando a transição para um modelo político mais alinhado aos ideais republicanos e democráticos da época.