Daniel Ohev-Zionm nasceu em São Paulo, na Barra Funda, e mudou para os EUA em 1981 para trabalhar com eletrônicos. Naquela época ele abriu uma lojinha no centro de Miami, pegando carona no sucesso dos videocassetes e filmadoras. A partir de 1994, passou a comercializar celulares. Em 2008 enxergou oportunidade nos consumidores que não tinham contratos com operadoras e não podiam arcar os altos preços dos aparelhos desbloqueados. Aí em 2009 fundou a BLU. No primeiro ano vendeu 70 mil aparelhos, e em 2013 foram 8 milhões. A projeção dele para 2014 é fechar o ano com 15 milhões de celulares vendidos. Junto com ele trabalham sua esposa e seus três filhos. E olha que o faturamento dele foi de US$ 320 milhões. Além disso são 300 funcionários no escritório de 8 mil metros quadrados no centro de Miami. A BLU desenvolve o projetos dos aparelhos, mas a fabricação é feita na China. Os componentes são os mesmos utilizados pelas grandes marcas, mas mesmo pagando um pouco mais caro por causa da quantidade de aparelhos nas encomendas, eles ainda conseguem oferecer o produto final a um preço mais baixo. Grande parte disso deve-se aos custos operacionais. Outra vantagem da pequena empresa é a possibilidade de lançar mais modelos. Por exemplo : A Apple renova o seu smartphone apenas uma vez por ano. A Samsung lança mais modelos, mas o foco é em dois carros-chefe. Já a BLU abusa dos lançamentos e em grandes quantidades. A BLU está presente em 45 países, mas ainda é pouco conhecida pelo consumidor aqui no Brasil. Só a alguns meses atrás ela começou a comercializar seus aparelhos por aqui e já de cara encontrou dificuldades em negociar com grandes varejistas. Ela tem 33 modelos, entre celulares comuns e smartphones. E o preço, bem abaixo da concorrência. Tomara que dê certo.