No dia 10 de abril de 1912, um navio que " nem Deus afundaria " partiu do porto de Southamptom na Inglaterra a caminho dos E.U.A. Quatro dias e 17 horas depois o Titanic bateu com um iceberg. A montanha de gelo abriu um rombo no casco e mais de 1,5 mil pessoas morreram. As causas do acidente foram incansavelmente investigadas e a tragédia virou até um romance no cinema, e até hoje me mata de raiva na sessão da tarde.
Em 1992, uma expedição encontrou pertences de passageiros no navio. Os herdeiros tiveram três meses para buscar 1.800 objetos recuperados do fundo do mar, mas quem conseguiu provar que era o dono teve que pagar uma parcela dos US$ 5,5 milhões que custaram a expedição que encontrou o navio no fundo do mar, a mais de 15 mil metros de profundidade.Na verdade, só em 1998 os documentos das investigações do naufrágio foram abertos em Londres. Os depoimentos de alguns passageiros garantiram que os pobres não foram trancados nos porões do transatlântico como mostra o filme. Segundo os documentos, os mais pobres, quase todos imigrantes, demoraram a chegar no convés porque não entenderam os primeiros alertas em inglês para abandonar o Titanic.
No mesmo ano, um estudo divulgado em Nova York colocou um ponto final sobre as causas do naufrágio.Segundo uma pesquisa nos Estados Unidos e na Europa, a causa foi o uso de arrebites de baixa qualidade. Pressionado para construir três grandes navios ao mesmo tempo, o estaleiro na Irlanda do Norte responsável pelo trabalho teria comprado arrebites de ferro, inferiores aos de aço, que acabaram cedendo no choque com o iceberg. O casco então se partiu na junção das chapas de metal.