- E gatos, por que não temos gatos para caçar os ratos?
- Temos, mas são vagabundos.
- Pois então vamos importar um gato alemão!
Acionada, a matriz mandou um gato treinado pelo famoso grupo alemão antiterrorista G9, perito em kung fu, caratê, o diabo a quatro. Uma máquina de matar. Até tatuagem tinha. Um cargueiro da Lufthansa o trouxe ao Brasil e uma limusine blindada o levou direto à presença do presidente.
- Presta bem atenção, só vou dar instruções uma vez: se você não tiver liquidado a fatura até o raiar do sol, viras pandeiro.
- Miau!
O gato, que usava botas, perfilou-se, bateu os calcanhares e foi direto para o depósito. Tratou logo de identificar o rato-chefe. Mate o chefe e fim de caso. Lá pelas tantas, conseguiu embretá-lo num canto. Só que o roedor entrou numa toca. Daqui não saio, daqui ninguém me tira. E o tempo passando. O rato na toca, o gato à espreita. Impasse.
Cinco da madrugada. Sentindo uma ardência na cabeça que em breve perderia, o gato alemão teve uma idéia luminosa: cachorro não gosta de gato e onde tem cachorro, gato se manda. Se o gato se manda, o rato pode sair da toca porque passou o perigo. Portanto, imitou um cão.
- Au!Au!Au!
Escondido na toca, o rato sorriu, se é que rato sorri. Convicto que o cão havia espantado o gato saiu da toca. O bichano o matou com uma dentada.
Moral da história: quem trabalha em multinacional e não fala duas línguas tá ferrado.