
Os dias do código de barras parecem estar contados. Essa etiqueta aí de cima é que vai substitui-lo. Ao sair da loja com um novo eletrodoméstico por exemplo, o consumidor pode ter o valor do produto debitado automaticamente em seu cartão de crédito, enquanto a área de estoque do estabelecimento recebe informações para a reposição e o próprio fabricante obtém, de um lado, o repasse de sua parte nessa venda e, de outro, o impulso na área industrial para produzir mais uma unidade. Detalhe: tudo isso sem que o cliente passe pelo caixa da loja. Não existirão mais os caixas. As etiquetas inteligentes são chamadas assim porque transmitem um número de identificação exclusivo do produto, que inclui informações como data de fabricação, preço e muitos dados além do que o código de barras permite.
A tecnologia conhecida como identificação por radiofrequência consiste em que cada produto tenha um Micro Chip. Quando este passa perto de um leitor, há uma troca de informações. O leitor envia os dados a um computador, que os decodifica. Sua frequência parte em todas as direções e é captada por uma antena. Mas se você pensa que essa tecnologia é nova engana-se : Ela surgiu na década de 40, durante a II Guerra Mundial, para identificar aeronaves. Hoje é usado no pagamento automático de pedágio. Ele já foi usado também em diversos outros setores como por exemplo nos ingressos da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, que indicava automaticamente se o torcedor entrou ou saiu do estádio. O próximo passo é instalar um chip nas bolas da próxima Copa para indicar se elas ultrapassaram ou não a linha de gol, de fundo e laterais .
No Brasil, a HP tem um projeto piloto desde setembro de 2004 em sua fábrica em Sorocaba, no interior de São Paulo. O sistema permite o rastreamento da mercadoria desde o processo produtivo até a entrega. A empresa pretende adotar o sistema em toda a sua linha de produção até o fim do ano, um investimento de 2 milhões de dólares.
Hospitais de grande porte nos Estados Unidos também estão adotando etiquetas em macas, cadeiras de rodas e outros itens que costumam sair do hospital. Esse controle permite saber onde está um determinado equipamento no momento em que se precisa dele, por maior que seja o hospital. Especialistas já determinaram que no futuro, geladeiras dotadas de leitores avisarão ao consumidor, com base nas informações da etiqueta, que produtos dentro dela estão fora da validade ou acima da temperatura indicada.