Quem nunca recebeu aquelas correntes ( já até falei delas aqui ), em que todo cuidado é pouco com a urina do rato, que por causa disso o pai daquela famosa atriz estava bom e de repente morreu, que no cinema tem agulhas infectadas pelo vírus HIV e por aí em diante.
A fabricação dos alimentos parece esconder segredos terríveis. São inúmeras as lendas urbanas em que dedos humanos aparecem em hambúrgueres e baratas surgem dos gargalos de refrigerantes. No Brasil, circula um e-mail sobre o perigo de pegar leptospirose ao beber diretamente da lata. Ele diz que o pai da modelo Daniela Sarahyba morreu por esse descuido. Na verdade, ele contraiu leptospirose por expor uma ferida no pé a água contaminada.
Nos anos 80, proliferaram mitos sobre a transmissão do vírus HIV, ainda desconhecido. O estranho é que essas histórias continuam a circular na internet. Um e-mail atual com um “alerta da Unicamp” fala sobre agulhas contaminadas com aids e hepatite colocadas em telefones públicos e assentos de cinema. Pura bobagem. A agulha também é protagonista de antigas lendas urbanas. Na década de 20, falava-se em ataques a meninas indefesas com injeções de morfina.
Sempre que aparece uma nova tecnologia, vem uma lenda para acompanhá-la. A história da mulher que botou seu gato no micro-ondas para secá-lo virou um clássico. Antes do micro, o gato passou por secadores de cabelo e máquinas de lavar. Hoje, o celular é o rei da lenda urbana. A ideia de que ele pode fazer um posto de gasolina explodir até motivou uma lei municipal em São Paulo que proíbe o uso do aparelho nos postos.
Uma das lendas urbanas que mais circulam nos Estados Unidos fala da produção de um filme que mostraria Jesus como homossexual. O pior é que ela é contada desde 1985, quando milhões de cristãos assinaram um abaixo-assinado contra o suposto filme. O filme continua a receber protestos virtuais... mesmo nunca tendo existido! No Brasil, um e-mail que alerta sobre o fechamento do site Domínio Público circula desde que o portal apareceu. Também é falso.
Várias lendas urbanas são alertas sobre golpes escalafobéticos em estacionamentos. Em uma delas, um bandido fura o pneu do carro da vítima, se oferece para ajudá-la e só a ataca quando ganha uma carona. Em geral, ele carrega uma mala com facas e cordas: um kit-sequestro. Mas confiar nos outros também pode ser bom. Segundo uma lenda, um casal que ajudou um homem a trocar o pneu de seu carro, sem saber que se tratava do milionário Bill Gates, teve suas dívidas pagas.